O Cafeeiro, anteriormente chamado de Cafezeiro, é uma planta natural das estepes da Etiópia. Seu fruto era aproveitado pelos povos africanos na confecção de bebidas. Da África seu uso passou aos persas, depois aos árabes que a partir do século XV divulgou como um grande estimulante, e daí foram se espalhando por todo o mundo islâmico, pelos árabes o café chega a Constantinopla e em seguida a Europa.
Com a tentativa da França de colonizar o Novo Mundo o café chega a América do Sul. Por volta de 1727 foram plantadas as primeiras mudas de café no Brasil especificamente na cidade de Belém do Pará. A partir daí as sementes do café foram descendo pela costa do litoral brasileiro, e em 1770 o café chegou ao Rio de Janeiro e foi ai que o café encontrou uma ótima adaptação.
Até 1886 o Estado do Rio, que era o maior produtor de café do Brasil, perdeu sua posição para São Paulo depois para Minas Gerais e a partir de 1928 cedeu a sua 3ª colocação para o Espirito Santo, ficando assim em 4º lugar na produção Nacional.
Hoje 50% da produção nacional é produzida em Minas Gerais. Sendo a região das Matas Mineiras responsável por 25% da produção do estadual.
A região onde se encontra o Parque Nacional do Caparaó foi ocupada, em tempos remotos, por diferentes grupos indígenas. Encontravam-se ali os Botocudos, Poris (ou Puris), numerosas tribos Tapuias e posteriormente, os Tupis.
A colheita de café ocorre na região desde o século XVIII quando, com o fim da mineração nas Minas Gerais, o produto substituiu o ouro no processo de povoamento mineiro. A região da zona da mata mineira, que incluía cidades como Carangola e Manhuaçu próximas ao Parque, tornou-se cafeicultora, atraindo a partir do final do século XIX imigrantes italianos, espanhóis e portugueses. Porém, com o tempo, a terra foi sendo esgotada, a mão-de-obra foi escasseando, o café foi perdendo valor econômico e regiões mais férteis foram abertas ao seu cultivo.
Com isso, a pecuária de leite sucedeu o café como atividade econômica dominante na região, até à volta do café em anos mais recentes, o qual domina na época atual.
Com o passar dos anos, o café das montanhas vem se mostrando cada vez mais competitivo no mercado, isso graças aos grandes avanços de qualidade e produtividade, ganhando reconhecimento nacional e internacional pela ótima bebida, aroma e sabor.